Anúncio de Serviço Público: Com efeito imediato, Guardian of the Rap mudará seu foco para destacar artistas que não são impulsionados por grandes máquinas da indústria.
Por exemplo: por mais que eu adore discutir sobre rap, não importa quem lançou em qual nível, eu tô entediado. Já. Tipo, por que desperdiçar meu tempo com caras que não precisam da minha ajuda, como se eu fosse tão útil assim? Quem sou eu: um rapper que também escreve fazendo papel de um cara da indústria? Só um nerd que fez o teclado trabalhar pra ele eventualmente? Eu bato boca nos DMs (onde a coisa rola) por ** todas ** as rimas, mas, infelizmente... Eu vou tirar muito mais de garimpar e colocar algo na roda do que ficar defendendo caras que já detonam no SoundScan. Sem contar que já estamos sobrecarregados de rap, né? Pois é, não: não mais blogs de 10 textos pra você, meu chapa. Você vai ter algumas opiniões este mês, mas é só isso.
O que significa voltar a você, o espectador: se você é um rapper que não tem um orçamento de PR ou o filho de algum chefão de gravadora te bancando, eu quero que GOTR seja um espaço onde alguém como você brilhe para que mentes curiosas escutem seu som, e... para as pessoas da indústria que podem te ajudar. Eu não sei quem está olhando minhas coisas, é impossível dizer. Mas, que bem eu estou fazendo se não estou ajudando a legado dos escritores que vieram antes de mim? Não dá pra saber que tipo de encrenca eu vou trazer para minha caixa de entrada bagunçada fazendo esta porra, mas vamos lá tosse, checa notas
......pela cultura.
Me envie sua música para guardianoftherap@gmail.com
**Megan Thee Stallion - Fever ** Este álbum soa como se eu tivesse sido assaltado logo que saí do apartamento. Se você acha que tô brincando, a Megan tem uma linha aqui onde ela garante ao parceiro sexual que ele não teria chegado até ela se ela quisesse que ele fosse tocado. Esta é a jóia da coroa do Hot Girl Shit: Megan arrasa em cada faixa de maneira feroz, seja comandando a rebolada ou preparando as lances mencionadas. Ela vai direto na jugular enquanto cria um álbum que pode dominar a festa por conta própria... Fever é vingativa e espiritual, além de uma forte indicação do que Megan é capaz quando amplia ainda mais seu alcance. O álbum soa como Hennessy saindo de uma barriga, com a garrafa mirando na cabeça de alguém. Brigar vai ser desnecessário, né, você viu todo esse rebolado aqui?
**Young Nudy + Pi’erre Bourne - Sli’merre ** Lembra quando eu disse que Slimeball 3 não estava funcionando direito? Sli’merre confirma o porquê: Pi’erre não estava na produção! Esta é uma equipe dos sonhos que você não pode estragar: quanto mais esquisitos os beats do Bourne se tornam, mais animado e hipnotizante Nudy se deixa ser. A verdade é que sabemos que Nudy rima sobre seis tópicos gerais, todos lidando com coisas de rua ou poder sexual. Você veio aqui pela agilidade da sua execução, a forma como esse cara incorpora um malandro de Zone 6 no seu jeito mais comum ou mais cruel. Ele pode se arriscar em qualquer território que quiser, mas tende a não quebrar o que já está quebrado. O cara consegue ilustrar MUITO bem alguma depravação, e com um sorriso meio grosso, a propósito! Sem contar que ele tem praticamente uma das músicas mais quentes do verão que nem está nesse álbum por causa de uma liberação de sample. (O Carti é da mesma estirpe, um estilista primário sem nenhuma profundidade.)
**Slowthai - Nothing Great About Britain ** Eu não vou mentir quando expuser minha apreensão inicial em relação a esse rapaz assim que vi como todos os hipsters estavam correndo pra ele. (Eu falo isso como se eu não estivesse nesse grupo aos 25 anos.) Infelizmente, um jovem aqui estava ** errado **: Slowthai é o CARA! Passei três dias com este álbum antes da voz desse homem começar a narrar meu monólogo interno. Slowthai simboliza o potencial moderno para músicas de rap que estão no mainstream, engajadas politicamente sem perder a diversão ou a coragem. Ele se autodenomina o Bandido do Brexit, um homem negro misto que superou a pobreza e experimentou muitos caminhos de vida que poderiam ter lhe matado. Mas sua glória vem de se regozijar na sobrevivência, e abraçando quão maluco ele é. É uma biografia, um chamado à ação, e um passeio emocionante por uma casa de terror embrulhada em um louco. Que se dane o viés do Reino Unido, entre nessa. Você estará gritando "abdominal" em pouco tempo.
**ZelooperZ - Dyn-O-Mite ** Veja, este é o meu tipo de conteúdo: o jovem da Brusier Brigade, arrebentando em beats do Black Noi$e diversos estilos, sendo bem estranho e cativante o tempo todo. Não tem fachada de estranho inventado ou falso legal, ZelooperZ é esse cara desde que os amigos tocaram "Hit a Lick" indo pro mercado quando eu tinha 19 anos. Minha recente reconexão com Dyn-O-Mite me mostrou quanto ele cresceu: seu humor se tornou mais ágil, suas punchlines ainda acertam mesmo quando as sutilezas não são tão extravagantes, e ele consegue brilhar em qualquer estilo mesmo quando o minimalismo sample-first do Black Noi$e o puxa de volta para a borda do seu material mais experimental. Ele nunca soa forçado ou abalado: este é um talento underground raro que merece mais reconhecimento do que recebeu, deixando a juventude de lado. Esse cara também é fodão na pintura: compre alguma coisa.
Michael Penn II (também conhecido como CRASHprez) é um rapper e ex-redator da VMP. Ele é conhecido por sua agilidade no Twitter.
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